Daniel nasceu no dia 13 de Novembro do ano de 1937, no
bairro de Santana, na cidade de São
Paulo. Atualmente, vive em Piracicaba. São Pulo.
Pai de quatro filhos e avô de oito netos, também tem dois
bisnetos. Já viajou o mundo e conheceu milhares de pessoas, as quais lhe deram
inspiração para a construção da maioria dos personagens de seus romances, como
o próprio autor nos conta abaixo. Então, vamos conhece-lo melhor!
— Sou Administrador de
Empresas aposentado. Fui casado durante 52 anos, até que minha esposa, Neusa,
faleceu há quatro anos.
— Viajei muitas vezes a trabalho, permanecendo longas
temporadas em diversos países da Europa, Ásia, África, América do Norte,
América Central, América do Sul e também pelo Brasil. Essas viagens me deram a
oportunidade de conviver com muitas famílias e pessoas de outras culturas,
enriquecendo meu conhecimento da natureza humana o que muito me ajuda na
composição dos personagens de meus romances.
— Então seus personagens são
inspirados nas pessoas que conheceu em suas viagens?
— Os meus personagens afloram de três fontes de meu
subconsciente:
— Das lembranças de minha infância;
— De personagens que me sugestionaram nos romances, nas histórias
em quadrinhos, no cinema e e nas novelas de Tv;
— Do fascínio pelas biografias de pessoas que venceram na vida
superando grandes dificuldades.
— Como é a preparação para a
escrita dos seus livros?
— Começo com esboços feitos à mão livre em forma de
balões (como aqueles das falas de personagens de Histórias em Quadrinhos). Em
cada balão descrevo uma situação imaginada. — — Depois, por meio de setas, interligo
os balões definindo o que acontece antes e o que acontece depois.
Posteriormente, vou desenvolvendo as cenas, os personagens, os cenários e
subdividindo tudo em capítulos a partir dos balões originais.
— Terminado o texto, faço uma revisão para eliminar
eventuais incoerências e corrigir erros gramaticais.
— Um de seus romances que tive
a oportunidade de ler foi “O Francês”. À propósito uma história fascinante!
— Gostaria que falasse um
pouco mais sobre esta obra e sobre como foi o processo de desenvolvimento da
história.
— Este romance conta uma incrível história de amor
entre um francês e uma descendente de indígenas tupi-guarani. Esse grande amor
é brutalmente interrompido para ressurgir com todas as forças depois de 272
anos.
— Uma parte desse caso de amor se passa no município
de Carvalhos, no Estado de Minas Gerais, no ano de 2013. A outra parte se passa
no Arraial dos Franceses, na Capitania de Minas Gerais, no século XVIII.
— Yara e Adrien, Jean e Karina, os protagonistas dessa
história, passam por situações inacreditáveis, tanto na atual Carvalhos de
2013, como no Arraial dos Franceses da época do Brasil Colonial.
— O “Mon Journal”, um estranho diário, desaparece
misteriosamente no ano de 1741, no Arraial dos Franceses, para ser encontrado
apenas no ano de 2013 em Carvalhos. Tal diário é o elo que esclarece a relação
entre os dois casais de épocas tão distantes e tão diferentes.
— Em 2012, eu fui conhecer Carvalhos-MG
a convite de uma família que é daquela cidade. Fiquei lá por uma semana e
conheci diversas regiões pitorescas, entre elas o Distrito dos Franceses, que
foi uma região de garimpo de ouro, onde predominavam os franceses, daí o nome “Arraial
dos Franceses”. Um amigo me sugeriu que escrevesse um romance que se passasse
em Carvalhos. Eu gostei da ideia e, ao voltar a Piracicaba, comecei a dar forma
à história.
— Depois de um ano voltei à cidade para
fazer pesquisas e desenvolver a história.
— Conte-nos, como foi que se tornou escritor?
— Quando criança, meus pais me presenteavam constantemente
com livros de histórias. No início, eles liam para mim em voz alta. Até que a
vontade de conhecer mais histórias tornou-se tão grande que eu não tinha mais
paciência de esperar por eles e comecei a ler livros e Histórias em Quadrinhos,
sem ajuda de ninguém. Na adolescência, comecei a ler romances de aventuras. As
ilustrações coloridas já não faziam tanta falta.
— O desejo de escrever histórias foi surgindo aos
poucos em minha vida. Entretanto, a vida sempre agitada não me permitia dar
vazão a esse desejo. Durante uma madrugada de 2006, com a vida já menos
agitada, eu senti um impulso vindo de meu interior. Pus-me, então, a imaginar
uma história. Pela manhã, tratei de desenvolver a sinopse do meu primeiro
romance, o “ACONTECEU NO SÉCULO VINTE”. Ao escrevê-lo, descobri um mundo novo
de prazer e satisfação.
— Quais os fatores que você
considera necessários para escrever?
— Gostar de histórias em geral, seja nos livros, no
cinema, no teatro, nas novelas de TV, ou nas Histórias em Quadrinhos. — Gostar
de redação e ter bom conhecimento de gramática e literatura.
— Qual é a maior dificuldade
na hora de escrever?
— Para criar um personagem, o romancista precisa
vivenciá-lo. Precisa pensar como se fosse ele. Ou seja, para descrever uma
criança é preciso sentir-se como uma criança, para descrever um facínora é
preciso sentir-se como ele. Nessa linha, o mais difícil para mim é dar vida a
personagens femininos.
— Há algum de seus personagens
com o qual sinta mais afinidade?
— Lucius, um personagem coadjuvante do romance Vila
Citrus. É um personagem misterioso do tipo que eu gosto de criar.
— Influencias literárias?
— Li diversas obras dos autores abaixo, mas estou
indicando a obra de cada um deles, que mais me impressionou:
- Edgard Rice Burroughs Tarzan -
Obra completa
- Alexandre Dumas (pai) O Conde de Monte Cristo
- Charles Dickens As Aventuras do Senhor Pickwick
- Franz Kafka A Metamorfose
- Sidney Sheldon O Outro Lado de Mim (auto biografia)
- Machado de Assis Contos Fluminenses
- Mark Twain As aventuras de Tom Sawyer
- Monteiro Lobato Caçadas de Pedrinho
- Júlio Verne Viagem ao Redor da Lua
— Neste espaço, sinta-se à vontade para falar sobre suas obras e convidar os leitores a conhecê-las.
— 2007 - ACONTECEU
NO SÉCULO VINTE (Editora Baraúna)
São três histórias que se desenrolam no Brasil em diferentes
épocas do Século Vinte. Aos poucos, o leitor percebe as fortes relações entre
as três histórias, até um final surpreendente e emocionante.
— 2008 - DUAS
VIDAS (Editora Baraúna)
Dois seres de outra dimensão recebem a
tarefa de destrocar as essências de dois habitantes da Terra. Para isso, eles
assumem corpos humanos e fazem contato com os dois terráqueos.
— 2009 - VILA
CITRUS (Editora Baraúna)
Um feiticeiro, uma seita satânica e um grupo de desordeiros
infernizam Vila Citrus. É uma história intrigante que leva o leitor a sentir-se
envolvido pelos mistérios de um pequeno município dedicado à citricultura.
— 2010 - OS
PRECONCEITUOSOS (Editora Baraúna)
Um romancista entra em contato com seus próprios personagens
criando situações inusitadas. Dois casais apaixonados precisam lutar contra
seus preconceitos para ficarem juntos.
— 2011 - VIKING
(Editora Baraúna)
Habitantes de um planeta distante entram em contato com os
predecessores dos vikings, no ano 200AC. O romance leva o leitor a pensar nos
grandes problemas da humanidade.
— 2012 - O
DESPERTAR DE UMA CIDADE (Editora Baraúna)
É a história de um grande amor iniciado em 1895, entre um
jovem paulistano e uma jovem inglesa que vem a São Paulo com sua família, pois
seu pai seria o engenheiro responsável pelas obras da Nova Estação da Luz.
— 2012 - SOMBRAS
NA PAREDE (Editora Baraúna)
Em 1897, na antiga Hollywood, um fotógrafo adquire o
equipamento de cinema que acabara de ser inventado pelos irmãos Lumière. Ao
conhecer uma trupe de artistas de circo, ele decide filmar com eles a peça
“Jack e o Pé de Feijão”.
— 2013 - JAMBALAYA
(Editora Baraúna)
Um tradutor inglês-português se apaixona pela letra da
música Jambalaya e vai à Luisiana para vivenciar os impulsos que levaram o
compositor à criação dessa obra.
— 2015- O
FRANCÊS (Editora Pandorga))
Um diário escrito no século XVIII descreve um grande amor
entre um francês e uma índia. Esse amor só terá um desfecho quando o diário cai
nas mãos de outro casal no ano de 2013.
— 2016 - TIM
ATLAS NA MONTANHA DAS HARPIAS (Editora Coerência)
Tim Atlas embrenha-se nas selvas de Rondônia para resgatar três
jovens de um cativeiro na cidade de Huaka, no topo da Montanha das Harpias.
— Soube que há
novidades saindo do forno... (risos) Pode nos adiantar algo à respeito?
— Depois de ter lançado TIM ATLAS E A MONTANHA DAS
HARPIAS, na Bienal de São Paulo de 2016, estou escrevendo duas novas obras:
ASSIM ESCREVO MEUS ROMANCES e TIM ATLAS E O RASTRO DO GIGANTE.
— Foi um prazer tê-lo como entrevistado aqui no Estante. Gostaria
que deixasse suas considerações finais.
— Agradeço à Luana por ter me dado esta oportunidade.
— Quero dizer aos seguidores da ESTANTE DA LULLYS, que,
para mim, escrever ficção é, antes de tudo, um grande prazer pessoal. Depois de
terminar um livro, minha segunda satisfação e saber que alguém o leu. Gosto de
conhecer a opinião das pessoas sobre o que escrevi, mesmo quando essas opiniões
não são favoráveis, pois elas são úteis para que eu possa melhorar meus
próximos trabalhos.
— Portanto, se vocês vierem a ler meus livros, não
deixem de comentá-los através dos links
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— Abraços a todos!
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